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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Aumento de Salário para Parlamentares

Em 17 de dezembro de 2014, o Congresso aprovou aumento de salário para os parlamentares, ministros do STF, Presidente da República, Vice-Presidente da República, ministros de Estado, procuradores, promotores, defensores públicos, entre outros. Esses reajustes viabilizam reajustes de outros funcionários públicos. A maioria dos estados aproveitou para reajustar o salário de governadores e deputados estaduais e municípios reajustaram salários de prefeitos e vereadores.
Nossos parlamentares demonstraram total falta de vergonha, uma vez que o Brasil está em crise econômica e entrando em ajuste fiscal. Eles aumentam o próprio salário depois das eleições, utilizando o voto secreto, enquanto o trabalhador depende de seu patrão para aumentar seu salário, que será arrochado pela crise.
Mesmo se a situação econômica estivesse boa, o aumento seria injustificável. Pior ainda é ele ser realizado sem um referendo, uma vez que o povo é o patrão deles. Mais condenável ainda é o fato de ser votado depois das eleições e, ainda, com voto secreto.
É de extrema importância que o povo cobre dos parlamentares uma Emenda Constitucional condicionando aumento de salário para parlamentares à realização de um referendo. Essa regra também deveria ser válida também para a concessão de benefícios.
Os parlamentares se mostraram pior que a presidente Dilma Vana Rousseff, uma vez que eles concedem benefícios (aumento de salário, diversos "auxílios", entre outros) a eles e aos demais servidores do Legislativo (muitas vezes, indicações políticas) por Decreto Legislativo, deixando o Executivo, responsável pelas contas públicas, de mãos atadas.
Mesmo assim, Dilma tem sua parcela de culpa pela situação do País, pois ela também vem promovendo sucessivos aumentos de gastos. Além disso, ela aceitou o aumento do salário dela, do vice dela, Michel Temer, e de seus ministros, apesar de ser menor que o concedido aos parlamentares.
Deixo claro meu repúdio à atitude do Senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB), que aprovou o reajuste após uma campanha em que defendeu a austeridade e o "Choque de Gestão" promovido por ele em Minas Gerais. Meu repúdio se estende aos demais parlamentares que fazem discurso de austeridade, mas aprovaram o reajuste.
Destaco, também a coragem, a ética e a coerência do Senador e ex-candidato à vice-presidência da República Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), que, ao contrário de seu cabeça de chapa nas Eleições Presidenciais de 2014, se opôs ao reajuste.

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