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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015-2016

Estou fechando o ano de 2015. Trata-se, com certeza, de um dos anos mais trágicos dos últimos tempos. Ao contrário do que muitos defendem, este ano não merece ser esquecido e, muito menos, o que fez dele um ano ruim, para que as tragédias jamais se repitam.
O ano começou com a posse de Dilma Vana Rousseff, que ocorreu entre festa e protestos. Um mês depois, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito, consolidando uma grave crise política, marcada, principalmente, por acusações contra ambos. O ano termina com os dois ameaçados: Dilma responde a processo de impeachment e Cunha responde a processo de cassação na Câmara dos Deputados, além de ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF).
Houve também a continuação da Operação Lava Jato, que está combatendo a corrupção e deixando como efeito colateral no curto prazo uma crise política e econômica ainda mais grave.
Pedidos de impeachment deixaram Dilma em uma situação ainda mais complicada. Apesar da instabilidade econômica, o povo mostrou que está começando a dizer basta.
No primeiro semestre, houve também o avanço da Reforma Política. Atualmente, quase toda a reforma está parada, assim como a terceirização e a redução da maioridade penal. É de extrema importância que essas medidas sejam aprovadas em 2016.
Vimos também graves crises nos estados, como o parcelamento dos salários no Rio Grande do Sul e o fechamento de hospitais por falta de recursos no Rio de Janeiro.
Infelizmente, parte da população não teve respeito ao patrimônio público e escolas foram invadidas e depredadas.
A região da Mariana e o Rio Doce, além de todos os que dependem desse rio e o Oceano Atlântico também foram desrespeitads com o vazamento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco.
Na economia, o ano foi marcado por ajustes. O ministro da fazenda do início do segundo mandato de Dilma Joaquim Levy tentou promover um forte ajuste. Uma parte do plano foi inviabilizado por Dilma e outra parte pelo Congresso Nacional, muitas vezes, com votações irresponsáveis. A crise foi agravada, mas o Governo recebeu uma lição: não pode continuar gastando de forma irresponsável contando com um aumento de impostos no futuro.
A irresponsabilidade citada não ocorreu apenas por parte de Dilma e do Legislativo, as Câmaras Municipais de São Paulo, Porto Alegre, Rio de janeiro e Belo Horizonte, além da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovaram a proibição do Uber. Os prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro sancionaram os projetos. Em Belo Horizonte e em Porto Alegre, os prefeitos ainda não se manifestaram, mas, na capital gaúcha, o prefeito José Fortunati sinalizou que sancionará o projeto em 2016. Apenas no Distrito Federal, o projeto foi vetado pelo Executivo, que, ainda assim, propõe restrições, como proibir o UberX, serviço popular do Uber. Os municípios e o DF ainda fizeram fiscalizações contra o Uber sem haver leis em vigor o proibindo. Além de tudo isso, taxistas depredaram carros do Uber e, em 29 de abril de 2015, a Justiça chegou a proibir o Uber. A proibição caiu uma semana depois e a Justiça passou a ressaltar inúmeras vezes que o aplicativo é legal, rejeitando novas liminares.
A violação à liberdade atrapalha ainda mais a economia brasileira, uma vez que não há liberdade para empreender. Mesmo assim, Dilma defendeu forte regulamentação ao Uber.
Felizmente, o ano terminou com uma boa notícia: a Prefeitura e a Câmara Municipal de São Paulo sinalizaram que liberarão o Uber em 2016.
No campo internacional, também foi lamentável. Além da destruição de patrimônios históricos, citada em publicação específica nesse final de ano, houve duas graves sequências de atentados na França: Um contra o jornal Charlie Hebdo, o supermercado Hyper Cacher e uma gráfica em Dammartin en-Goëlle, entre 7 e 9 de janeiro, e outro contra o Stade de France, ao Bataclan e aos restaurantes Le Petit Cambodge, Le Carillon, Casa Nostra e La Belle Équipe em 13 de novembro.
Houve também graves atentados em outros lugares do mundo e na própria França, além do ataque em San Bernardino.
Esse ano também foi marcado por uma sequência de esfaqueamentos em Israel, que quase resultaram em uma terceira intifada. A ONU, como de costume, premiou os terroristas, hasteando a bandeira palestina em sua sede.
Vimos também o atentado terrorista ao avião da companhia Metrojet e o ataque suicida do copiloto Andreas Lubitz da Germanwings.
Além de tudo, vimos a crise dos refugiados vindos da África e do Oriente Médio para a Europa e a América.
A Europa também foi assombrada pela crise econômica grega.
Foi lamentável também o comportamento da diplomacia brasileira que apoiou a Nicolás Maduro e rejeitou o embaixador israelense Dani Dayan.
Os lados positivos de 2015 no campo internacional foram: o acordo na Conferência de Paris, a eleição de Maurício Macri na Argentina e da MUD nas eleições legislativas na Venezuela.

Em 2016, continuarei postando neste blog. Como deixei claro inúmeras vezes, mesmo se o PT começar a censurar, o blog continuará recebendo postagens. 2016 deverá ser mais um ano ruim para a economia, mas não devemos nos desesperar. É importante que mostremos a nossa insatisfação votando contra o PT nas eleições municipais, mesmo que isso seja um ato simbólico. É importante, também, o povo cobrar.
Um bom 2017 para todos, apesar de ser difícil com esse governo do PT!

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