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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cartel nos contratos do Metrô e da CPTM

Vergonhoso como empresas como a Siemens, a Alstom, a Bombardier e outras de grande porte fizeram um cartel tão violento na CPTM e nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal (ambos administrados pelos governos Estadual e Distrital).
A Siemens, empresa mais polêmica no escândalo do cartel, não possui um bom histórico. Durante o Holocausto, a empresa utilizou mão de obra escrava judaica. Além disso, em 2008, houve um escândalo de propina paga pela empresa a funcionários públicos de diversos países, inclusive do Brasil, totalizando US$600 milhões, resultando no enquadramento da empresa na Lei Anticorrupção dos EUA.
Vergonhosa, também, a rejeição por parte do Cade e da Justiça, de conceder ao Governo do Estado de São Paulo o acesso às investigações, enquanto as empresas possuem o acesso. Isso mostra a motivação política por parte do Cade e da Justiça.


Felizmente, semanas depois, a Justiça aceitou ceder parte dos documentos ao Governo do Estado e a Alstom foi enquadrada na Lei Anticorrupção dos EUA, mas ocorreram duas vergonhas:
  • O Governo do Estado abriu processo contra a Siemens pedindo reparação de danos. O órgão deveria esperar o término das investigações e, comprovadas as acusações, processar todos, incluindo a Siemens, pois processando a Siemens primeiro, o Governo do Estado está desestimulando a delação premiada, que ajuda as autoridades no esclarecimento de vários crimes, incluindo esse cartel.
  • O Ministério Público Federal também pediu acesso aos documentos, mas a Justiça rejeitou.

Além de tudo descobriu-se que a Siemens pagou ao menos oito milhões de euros (cerca de 24 milões de reais, no câmbio atual).

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