Pesquisar este blog

Translate

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Greve dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo

Vergonhosa a greve dos motoristas e cobradores de ônibus ocorrida entre 20 e 22 de maio de 2014, em São Paulo.
Sem o consentimento do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, grupos dissidentes realizaram uma greve, parando ônibus no meio da faixa exclusiva, jogando a chave fora, furando pneus e quebrando vidro de ônibus, além de realizarem piquetes na porta das garagens, ameaças de morte e alguns incêndios em ônibus.
Tão grave quanto a greve, foi a inércia das Polícias Militar e Civil, que, devido aos benefícios obtidos pelo governador Geraldo Alckmin, uma vez que ofuscou a Crise do Cantareira, não tomou grandes atitudes contra os criminosos. Além disso, a Polícia Civil anunciou que indiciará os criminosos por alguns dos crimes cometidos, mas não consta na lista os crimes de formação de quadrilha, apropriação indébita, dano ao patrimônio público e incêndio.
Não adianta culpar a Prefeitura, pois, apesar de a SPTrans não ter acionado imediatamente a Polícia, a ampla divulgação da mídia e o caos visível nas ruas, obviamente detectado por alguma ronda policial, são suficientes para o órgão tomar conhecimento e agir.
Outro problema sério é o fato de a greve ocorrer sem consentimento do sindicato. Trata-se de um fenômeno iniciado em junho de 2013, com os planos de greve geral de 26 de junho, cancelado em virtude da rejeição da PEC 37, e de 1º de junho daquele ano, que fracassou. Na sequência, foi criado o Bom Senso F.C., uma dissidência da Federação Nacional de Atletas de Futebol, que ameaçou realizar uma greve na 37ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2013. Depois, uma dissidência sindical realizou uma grande greve de garis no Rio de Janeiro e conseguiram aumentar o reajuste de 9% para 37%. Depois disso, dissidências de sindicatos de motoristas e cobradores de ônibus de diversos municípios brasileiros realizaram greves, como ocorreu na capital paulista. Quem se responsabiliza legalmente é o sindicato, que por sua vez, nada pode fazer.
É necessário ser rígido com esses movimentos e evitar negociar. Caso não seja possível acabar com o fenômeno, o Congresso Nacional e a Presidência da República precisam urgentemente criar mecanismos para que esses movimentos possam ser rastreados e penalizados da mesma forma que os sindicatos.

Nenhum comentário: